LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJEOS (Parte I)
- Rosangela Machado - Engenharia Rosa
- 25 de abr. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de abr. de 2021
O desenho é uma forma de expressão prática e objetiva de representar os projetos da construção civil.
No entanto, existem diretrizes de representação gráfica do desenho arquitetônico que devem ser seguidas pelos projetistas e interpretadas corretamente pelos profissionais que executam as edificações.
Tendo isso em vista, essas peculiaridades essenciais para a análise e interpretação de projetos arquitetônicos, desde os princípios de linguagem, passando pela análise da apresentação do projeto, seguindo para os sistemas de representação gráfica que compõem um projeto arquitetônico até os símbolos e convenções existentes, nós aqui da Engenharia Rosa iremos realizar um série de posts oferecendo uma oportunidade de estudo técnico avançado sobre o tema e auxilia los nas atividades práticas, servindo de compêndio do assunto em questão e permitindo que até mesmo os leitores que não têm noção dos princípios e fundamentos dos projetos arquitetônicos, possam analisá-los e interpretá-los com facilidade.
Então vem com a loira.

O QUE É UM PROJETO ARQUITETÔNICO?
Conjunto de passos normativos, voltados para o planejamento formal de um edifício qualquer, regulamentado por um conjunto de normas técnicas e por um código de obras.
FASES DO PROJETO DE ARQUITETURA
Estudo Preliminar
Anteprojeto
Anteprojeto legal
Projeto de execução
Projeto de execução como construído (as Built)
ESTUDO PRELIMINAR
Esboço inicial do projeto - CROQUI;
Considera o programa de necessidades do cliente e as informações legais sobre o terreno e o entorno;
Baseada neste desenho, é feita a primeira avaliação pelo cliente;
Estudo de materiais, volumetria e ocupação do terreno, relacionados a aspectos legais e de insolação.

ANTEPROJETO
Representação final da proposta arquitetônica que considera o estudo preliminar aprovado pelo cliente;
Apresenta plantas de situação, plantas baixas, de cobertura, cortes gerais, fachadas e especificações;
Ainda pode sofrer mudanças.

PROJETO LEGAL
Usado para a aprovação na prefeitura;
Contém as informações do estudo preliminar e os desenhos do anteprojeto na escala e nos padrões exigidos pelo órgão legal do município onde a obra será realizada;
É um compromisso de que a obra seguirá o mínimo especificado em lei: recuos, gabarito, tamanho de aberturas, área e pé-direito dos ambientes.

PROJETO DE EXECUÇÃO
Baseado no anteprojeto;
Ajusta-se aos projetos complementares, contendo pontos de hidráulica e elétrica, vistas das paredes das áreas molhadas com localização das peças e a paginação do revestimento, detalhamento de piso, paredes, caixilhos, forro e tudo o que for necessário para a execução da obra;
Oferece memorial descritivo com modo de fazer e quantitativo do material.

AS BUIT (PROJETO COMO CONSTRUIDO)
Após o término da construção, são anotadas todas as mudanças realizadas no projeto durante sua execução.

NORMAS TÉCNICAS
Escalas Recomendadas
Norma técnica é o resultado de um processo de consenso estabelecido por um organismo reconhecido onde todas as partes interessadas podem participar e contribuir.
As Normas se baseiam em estudos consolidados da ciência, tecnologia e experiência acumulada, visando a benefícios para a comunidade.
NBR 6492/94 – REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA
NBR 8196/99 – EMPREGO DE ESCALAS
NBR 8403/84 – APLICAÇÕES DE LINHAS – TIPOS E LARGURAS
NBR 10068/87 – FOLHA DE DESENHO – LEIAUTE E DIMENSÕES
NBR 13142/99 – DOBRAMENTO E CÓPIA
ESCALAS RECOMENDADAS
Quando desenhamos peças ou objetos de dimensões muito grandes ou muito pequenas, os desenhos são feitos em tamanhos menores ou maiores.
Esse processo de mudança das dimensões reais de medidas para outras medidas no desenho é feito pela utilização de escalas.
Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1/10 – Detalhamento em geral;
Escala 1:20, 1:25 – Ampliações de banheiros, cozinhas outros compartimentos e escadas;
Escala 1:50 – Mais utilizada na representação de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetônicos; Escala 1:75 – Utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra;
Escala 1:100 – Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1/50;
Escala 1:200 e 1:250 – Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;
Escala 1:500 e 1:1000 – Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia.
Se você se interessou pelo assunto, acompanhe a sequência dos post em nosso blog e nossas redes sociais, onde frequentemente disponibilizo conteúdo de engenharia, arquitetura e design.
Espero ter contribuído para sua evolução e seu conhecimento.
Deixe aqui nos comentários sua percepção sobre este assunto
Até a próxima!
Rosangela Machado.
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